quinta-feira, 25 de junho de 2009

quem? eu?

deveria estar decorando meu trabalho de bioquímica pra apresentar amanhã. mas não me é tão atrativo quanto escrever nesse momento, que creio que seja, de inspiração. o dia de hoje foi cheio e devo escrever pelo menos 2 posts por isso.

o blog ta no começo, então ainda to ajustando algumas coisas. e fui eu querer editar meu perfil. não sei porque faço isso comigo. uma das coisas que me corroem por dentro quando me deparo com elas é a pergunta ‘quem sou eu?’. é algo tão pessoal e reflexivo. já não me basta todos os dias tentar decifrar pra mim mesma, pras pessoas, e até pro orkut – onde estou sempre – , agora também tenho que responder pro blog?

é algo que pra alguns talvez seja bobo, fácil, mas pra mim, meu deus, é algo angustiante. são tantos adjetivos, tantas características, tantas definições e conclusões... mas principalmente contradições, confusões, opostos. é tudo tão igual e tão diferente. tento, de vez enquando achar explicações pra ser assim. aliás, é normal não saber se definir e eu me preocupo à toa, ou é algo pessoal?

enfim, apelo pra tudo pra me descobrir. às vezes acredito que é por causa do signo (sou de gêmeos, duas pessoas numa só e assim por diante..), às vezes vou pelas correntes psicológicas existentes ou penso cientificamente. juntando tudo, acabo por ficar mais confusa. sempre me atento pras músicas ou dizeres pra ver se tem algo que defina bem o indefinido, pois é assim que me sinto a todo tempo. ou ao menos que me faça desestressar e ‘levar a vida simplesmente’, como: ‘numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê’ (los hermanos, amo e não sou emo, eu acho).

mas utilizo-as, tiro até sua última gota, e quando elas não mais me definem, jogo-as fora. assim, cruelmente. não valho nada, mas ainda sim gostam de mim. tudo o que eu queria era saber porque! (calcinha preta, pra descontrair). é, pra falar a verdade, o que sou - ou melhor, o que sinto que sou – vai mais de acordo com meu estado de espírito do que realmente com a minha essência. tirei essa conclusão agora mesmo, em meio ao que acabei de escrever. o que não ameniza tanto quanto deveria a preocupação causada pela aparição de um ‘quem sou eu?’

pois bem, se até Clarice tem dúvidas quanto a sua personalidade (ufas! ao menos uma pessoa), por que eu, uma mortal não poderia? audácia minha fazer das palavras do ser superior Lispector, mas faço das palavras dela, as minhas, resumindo o que foi dito. acho que fica bem explícito o quanto a ‘multipersonalidade’ me atormenta... “ é curioso como não sei dizer quem sou. quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.”

e por ai vai. enquanto tento me descobrir, sigo caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento... eu vou! por que não?

3 comentários:

  1. você não está sozinha nesse barco. acho muito digno quem pelo menos tenta responder' quem sou eu'. como também acho muito digno quem não se preocupa e apenas vive.
    está vendo? não é só você!

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  2. Se você não sabe quem é pode inventar uma personalidade.Porque não? Ng vai poder dizer que você está mentindo, afinal vc n sabe quem vc é mesmo!

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  3. Oi Carol!

    Só pra dizer que passei por aqui e li todos os seus posts! Gostei bastante, você escreve muito bem, parabéns!

    E quanto ao "Quem sou eu?", vai ver é por causa dele que fujo dos orkuts, facebooks e afins dessa vida...

    Beijão!

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